quarta-feira, 31 de março de 2010

A vida e os seus caminhos...

Rotas de felicidades, de conquistas, de dores, de medos, de frustrações, de encontros e reencontros, de despedidas, de perdas, de nascimentos e renascimentos, mas também de mortes. Mortes simbólicas e reais!
E diante desta... Eu paralizo!... Minha humanidade treme, fragiliza porque sabe que caminha pra isso desde a sua concepção... (Já escrevi a respeito em outros momentos).
Ontem um amigo meu partiu depois de longos dias de tentar um acordo com a natureza da vida, mas não deu... Ou melhor, o acordo não foi o que consideramos ser o melhor, o mais esperado por aqueles que o amam e o queriam de volta o mais rápido e saudável possível para o nosso convívio!
O que dizer? O que pensar? Como agir diante da trágica notícia de que “ele” morreu?
- “Como assim, morreu?”
- “Fale sério! Não pode ser!”
-“É lamentável, muito triste!”
E você olha ao redor e encontra solidariedade, pessoas se abraçam, se confortam sem precisar dizer nada. É uma linguagem universal! A dor da saudade, de saber que não mais o verá (pelo menos nessa vida), que não mais se ouvirá sua gostosa risada, sua voz, “de que o telefone não mais tocará”, que ele não entrará mais no “MSN”, não poderemos falar com ele nem mais por meio do “Orkut”!
Demanda tempo para a saudade ser uma presença constante... Para nos acostumarmos com a ausência... Onde e como ele estará agora? Será que vê a gente? Será que sabe como a gente sente? Será que está bem? Será que ainda vamos nos reencontrar? Por mais que, humanamente falando, a esperança fique fraquinha, quase apagada... A gente espera que sim!
Esperamos que ele esteja nos braços da Misericórdia e da Bondade do nosso Deus e Senhor!
“Descanso eterno daí-lhe, Senhor
e que a luz perpétua o ilumine.
Descanse em paz! 
Amém! (3x)”
Obrigada por seu marcante bom humor, por sua presença nos momentos bons e difíceis (em Guanambi e na faculdade em que bastou um olhar e poucas palavras para você entender do que se tratava)! Obrigada, sobretudo, pelo ser humano que você foi! Disse isso ontem a alguns e agora digo a você: quem lhe conheceu tem motivos para ter boas recordações suas! Tive sorte de conhecer você! Perdoe-me por não ter ido visitar você no hospital, não conseguiria vê-lo nesse quadro!
Fique com Deus, Donzinho!



segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem não chora...


Há uns três dias esse dito popular me vem à mente: "Quem não chora, não mama."
Ao atentar-me mais para ele soava como algo meio infantil...
Pensava: criança é que chora por não saber falar! Entretanto com a insistência em mente tentei apronfundar no que mais estava por trás das entrelinhas, do óbvio... E dei-me conta de que o choro também é um recurso da fala. É a expressão que emana quando já se esgotaram as possibilidades da argumentação oral (da fala)... Então parto para as vias de fato!
E assim concluí que existe o choro através da fala. É quando depois de ter argumentado comedida e educadamente sobre os direitos que me são devidos não os vejo cumpridos, aí eu parto para "o choro"!
Choro mesmo, dou uma de louca, mas não de abestalhada, falo alto - embasada na ira de não ser respeitada - que as coisas se resolvem como num toque de mágica!
E eu fico me perguntando... Se eu não tivesse chorado até quando eu teria que esperar pela solução das questões em jogo? Agora, eu entendo uma comunidade do orkut que tem em seu título: "Se precisar, sou grossa mesmo!" O pior é que resolve!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Soluções imediatas!

O engraçado é que todo mundo tem sempre as fórmulas certas para os problemas alheios. A vida do outro podia ser bem melhor se ele fizesse “isso” dessa forma ou se aceitasse aquela proposta de emprego que parece legal ou se aprendesse a fazer algum trabalho manual como terapia ou se perdesse alguns "quilinhos"...
Aí, a gente para e olha para a vida do outro e vê quantas coisas “empacadas” ele tem e que não se dá conta ou então não tem soluções mesmo... Agora, para a vida alheia os palpites são muitos, faz-se uma lista de soluções imediatas! É, mas só a gente sabe como é ser a gente, do nosso jeito, sentir como a gente sente... Ah, e não dá pra fazer tudo o que nos falam (até floreado como “boa vontade” de se dar um conselho apenas)... Difícil mesmo é, no meio de tantas possibilidades imaginadas, escolher a que melhor nos aprouver ao menos naquele momento e peitar as conseqüências! Ah, sim! Isso só a gente assume e sofre positiva ou negativamente os seus efeitos!

É a solidão existencial, meu caro leitor!
Se você tomar a atitude acertada todos irão lhe aplaudir e elogiar por ter feito a melhor escolha, mas se não... Senta e espera porque a nojenta frase surgirá: “- Eu avisei, né?”
É, avisou, sim!...
Só esqueceu-se de dizer que cada um carrega em si as respostas para o seu próprio caminhar e que ninguém pode tomar as decisões pelos outros. Penso e acredito que se a gente ouvisse mais a nossa voz interna seríamos mais íntegros (de inteireza), seríamos mais quem somos, mais originais e não existiria tanta gente frustrada por querer encaixar-se nos sonhos dos outros. A grama do vizinho anda sempre verde, difícil é enxergar beleza na “graminha” que a gente molha e rega todos os dias!